Os níveis de degradação ambiental provocados pela agricultura são um problema que devemos enfrentar, já que esses danos se voltam contra os nossos interesses como produtores e estamos perdendo fertilidade em todos os tipos de solos agrícolas.
A agricultura
Neste artigo pretendemos tratar de um tema bastante amplo, como a Agricultura e para esta tarefa apresentaremos a tríade SOLO, ÁGUA e COLHEITAS e vamos inter-relacioná-los entre si e também com o meio ambiente.
Começamos com O SOLO
O que são solos agrícolas?
Os solos agrícolas são o resultado da desintegração da rocha mãe, por ação de:
- Os agentes físicos:
- O vento.
- A água.
- A temperatura
- Agentes biológicos:
- Los microorganismos.
- Las raíces de las plantas.
- E os agentes químicos:
- O Oxigênio.
- Dióxido de carbono.
Nessa desintegração mencionada, o que acontece é que as fraturas da rocha mãe e fragmentos múltiplos são formados e, com o passar do tempo e a ação combinada de todos os agentes mencionados, esses fragmentos se separam em partículas menores.
Através do estudo dessas partículas e da proporção presente, conhecemos as propriedades do solo.
O tamanho das partículas do solo é muito importante e elas são classificadas de acordo com esta escala:
- Areia grossa entre 2 e 0,2 mm de diâmetro.
- Areia fina entre 0,2 e 0,02 mm de diâmetro.
- Silte entre 0,02 e 0,002 mm de diâmetro.
- Argila menor que 0,002 mm de diâmetro.

Composição em termos de proporção de partículas de solos agrícolas
A composição em termos de proporção de partículas em solos agrícolas adquire as seguintes propriedades:
textura do solo agrícola
Os componentes do solo são uma mistura de três elementos básicos: Argila, Silte e Areia.
A textura é a proporção de cada um desses componentes:
- Facilitando seu trabalho.
- Favorecendo a retenção hídrica.
- Permitindo a circulação de ar.
- Avaliando a velocidade com que a água pode atravessar o solo.
Para analisar a composição do solo, uma amostra deve ser peneirada e todos os elementos maiores que 2 mm devem ser eliminados. Assim teremos os três elementos anteriores de argila, silte e areia nas diferentes proporções que dão origem, segundo o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), à pirâmide que os classifica.

Como pode ser visto, as classificações variam de acordo com a porcentagem de silte, argila e areia.
Técnica para descobrir o tipo de solo seco
Existem muitas técnicas para saber que tipo de solo temos e, claro, pode ser levado a um laboratório que indique sua composição.
Mas, para se ter uma ideia, podemos fazer um teste a seco com o único aparelho de uma peneira com furos de 2 milímetros para retirar a areia grossa e outros elementos sólidos ou pegar um punhado de terra com a mão e espalhar. Dependendo do seu estado desfiado, podemos avaliar se tende a ser arenoso ou, pelo contrário, se oferece muita aderência, tem pouca areia e apresenta-se como limoso ou argiloso.

A água
Tipos de solos agrícolas de acordo com a água que retêm
Quando aplicamos irrigação em um cultivo, a melhor forma de otimizar a água é a irrigação por gotejamento, então é gerado um bulbo úmido no ambiente da planta que assume diferentes formas dependendo do tipo de solo.

Isso influencia a absorção do sistema radicular. Como as raízes são mais curtas e precisam de mais água, o solo costuma ser mais argiloso. Porém, se as raízes forem mais profundas e não precisar de muita umidade, o solo deve ser mais arenoso.
Considerando a retenção de água podemos encontrar solos:
- Secos: se forem completamente arenosos, o solo não é muito fértil porque não retém água, é considerado de textura muito leve.
- Encharcadas: as argilosas são consideradas pesadas e compactas e irão reter muita água e nutrientes.
- Molhados: do tipo intermediário que seriam os francos, retêm água mas sem alagamento. São de textura média e são os mais adequados para a maioria das culturas.
Porosidade
Refere-se aos vazios ou poros que se formam entre as partículas constituintes e que são ocupados por água ou ar.
Quanto menor o tamanho da partícula constituinte, maior o número de poros existentes. Daí a explicação de que os solos argilosos armazenam mais água do que os arenosos.
Capacidade de retenção
Refere-se ao volume de água que um solo é capaz de reter, normalmente se aplica a unidade de milímetros de água por centímetro de profundidade.
Aqui estão dois novos conceitos:
- Capacidade de campo: a maior capacidade de água capaz de reter um solo
- O ponto de murcha: a perda dessa quantidade, de modo que as plantas não pudessem mais extrair nenhuma quantidade para sua hidratação.
A capacidade de retenção é a diferença entre a capacidade de campo e o ponto de murcha.
SENSORES DE UMIDADE As plantas medem a capacidade de retenção.

Permeabilidade
Consiste na aptidão do solo para ser atravessado pela água e pelo ar. E acima de tudo nos interessa saber a velocidade com que a água desce pelo perfil. Essa velocidade é chamada de taxa de infiltração e é medida em mm/hora. Se a irrigação ou as chuvas excedem a taxa de infiltração característica do solo, ocorre o fenômeno do escoamento superficial. Existe um tipo especial de escoamento, conhecido como drenagem, e é o fenômeno que provoca a perda de água que o solo não consegue reter para as camadas mais profundas do perfil.
Atmosfera do solo
É de maior importância do que lhe é atribuído por muitos agricultores. Como podemos pensar, quando os poros não estão cheios de água estão cheios de ar, mas é interessante que este seja com alto teor de oxigênio.
Independentemente da textura e da estrutura, é preciso saber quantas raízes ativas temos, pois elas consomem muito oxigênio. A secagem dessas raízes promove a aeração do solo em que estavam presentes. Esta é a base das técnicas de plantio direto ou cobertura morta.
Salinidade
Este conceito é global e mede todos os sais solúveis, temos que ter em conta que a cultura necessita de sais para a sua nutrição, mas se a concentração for muito elevada tornam-se prejudiciais.
Isso significa que um solo é chamado de salinizado quando apresenta excesso de sais solúveis.Se os sais presentes forem do grupo sulfato, o solo é chamado de alcalino, e se forem do grupo dos cloretos, o solo é salino. Se os sais de ambos os grupos forem muito altos, o solo pode se tornar salino-sódico.
A unidade de medida da salinidade é o DeciSiemens por metro, ou um múltiplo dele.
Os sais competem com as plantas pela absorção de água, já que as raízes podem absorver água graças à pressão osmótica.
Um solo salinizado tem uma alta pressão osmótica, isso causa uma diminuição em sua capacidade produtiva.
Temos que evitar a salinização do nosso solo, isso é o pior que pode acontecer.
Costumamos referir-nos ao solo como camada arável ou profundidade lavrada, embora na realidade seja mais profundo, sendo muito conveniente conhecer todo o perfil disponível para tomar boas decisões de gestão e quais as culturas mais adequadas.
(OS SENSORES E SONDAS PLANTAE MEDE A TENDÊNCIA CONDUTIVA, SÃO MUITO ÚTEIS PARA DESENHAR UMA BOA ESTRATÉGIA DE CONTROLE DE SALINIDADE)

Culturas e atmosfera do solo
A atmosfera no solo é de extrema importância para os processos de oxidação. O cultivo e as coberturas vegetais são essenciais. O solo é o suporte das plantas e o armazenamento de água, ar e nutrientes.

Fontes: